Definir um momento exato em que as Relações Públicas apareceram e assumiram meu caminho profissional é bastante difícil. Digo isso porque acredito que o processo da minha criação familiar e a educação em ensino público estimularam muitas competências relacionadas à área de RP. Uma coisa que me despertou interesse foi a educação. Na educação descobri que gostava de lidar com pessoas, escolhi o curso por perceber que muita gente não entendia o que os professores falavam, mas quando eu explicava com outros exemplos explicava à realidade os colegas compreendiam o conteúdo. Dediquei dois anos à graduação em Física, até perceber que não era bem aquilo que eu queria e então decidi partir para o curso de Relações Públicas. O meu processo de ingresso em um estágio foi algo fácil pois tive uma vantagem por ter trabalhado com vendas e pude testar algumas das técnicas de RP nessa atuação e também desenvolver um trabalho voluntário em eventos e comunicação, o que me facilitou no momento da seleção para estagiar no final do terceiro ano da graduação. Atualmente trabalho como servidor público lidando com as áreas de cultura, eventos e arte acadêmica, na universidade UFPR.

Uma coisa que me deixa praticamente sem resposta é quando me perguntam sobre o maior desafio ou maior evento já realizado. É bastante complicado escolher um único momento para sintetizar todos os demais. Entre tantos desafios, como compor a comissão do percurso da Tocha Olímpica Rio 2016, o assessoramento do Nobel da Paz Muhammad Yunus quando esteve em Curitiba, as diversas inaugurações de edifícios e instalações, as posses de autoridades e a organização de comemorações e homenagens, carrego um orgulho especial por participar da colação de grau da UFPR da primeira refugiada síria, a arquiteta Lucia Loxca, que foi também a primeira refugiada a ingressar na instituição. A colação de grau por si só já é um evento carregado de emoção por caracterizar a conclusão de um sonho e o início da vida profissional. Mas aquela colação se fez ainda mais especial por representar uma nova chance àqueles que precisam partir da sua terra natal devido à guerra civil.

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